Uma possível interpretação para o nome de Sabará, a antiga Vila Real de Nossa Senhora da Conceição do Sabará, é que o nome se derive do termo "curva do rio" acrescido originalmente de um "buçu" (ou
bussu como se escrevia), que quer dizer "grande" na língua dos índios. Portanto, uma curva grande do rio. E esta curva seria o encontro do Rio das Velhas com o Rio Sabará. Esta tela que aí vemos reproduzida é obra do artista
Johann Georg Grimm (1846-1887), e recebeu o título de "Vista Panorâmica de Sabará". Em alemão:
Panoramablick of Sabará Studie für den Vorhang des Opernhauses von Sabará. Um estudo para o pano de boca da Casa de Ópera de Sabará. No livro
Sabará 18, de Carlos Gentil Vieira, um personagem assustado diz que
Mademoiselle Diane d'Anjour vai acabar querendo criar até uma Casa de Ópera na Vila Real. Neste caso, apenas imaginação do autor. Nem uma coisa nem outra são verdadeiras. Mas a Casa de Ópera realmente foi construída mais tarde (inaugurada em 2 de junho de 1819), lá esteve em visita o Imperador D. Pedro I, e lá também nossa autora independente Josélia Teles e Sandra Teles interpretaram "Morte e Vida Severina", de João Cabral de Melo Neto, já nos anos 60. Sabará tem tradição, minha gente, e merece ser preservada como monumento histórico.
Enterrem meu coração na curva do rio...
(8 de maio de 2012)
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