São
minhas amigas há muitos anos. Antes de atravessar a avenida,
enquanto espero o sinal se abrir para pedestre, fico observando estas
enormes e curiosas árvores. Algumas vezes, disfarço e coloco a mão
no tronco de uma delas para sentir um pouco da energia que ela
transmite.
Pouca
gente sabe que as figueiras que ornam a Avenida Visconde de
Albuquerque, no Leblon - Rio de Janeiro, e que fazem parte do
conjunto de Árvores Notáveis da cidade, são da
mesma família da Árvore de Bodhi, também chamada de
Bo, sob a qual, segundo a tradição budista, Sidarta
Gautama atingiu a iluminação há cerca de 2.500 anos, hoje
comemorada no dia 8 de dezembro. Uma descendente da árvore original
está em Bodh Gaya, na Índia.
Existem
muitas outras figueiras cujas mudas foram retiradas da árvore mãe,
e são consideradas sagradas na Índia, Sri Lanka e até na
California e no Havaí.
Estas
nossas figueiras são da mesma Ficus Religiosa, originária da
India, e este conjunto de árvores da Visconde de Albuquerque (são
ao todo 166 árvores tombadas) foi idealizado pelo paisagista francês
Auguste Françoise Marie Glaziou.
O
problema é que o terreno não ajuda. Elas ficam entre o asfalto e o
canal, com pouco espaço para as raízes se expandirem. De vez em
quando o vento e a chuva, às vezes um ônibus, derrubam uma delas e
então faz-se a substituição por uma muda nova, sempre da mesma
espécie.
(17 de junho de 2012)
Marcadores: Livro e turismo
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