Assistindo pela TV multidões que foram às ruas no Brasil estes dias, lembrei-me dos caminhos da liberdade, trilogia de Jean Paul Sartre, e em particular do primeiro livro "A idade da razão". Ao contrário de movimentos coletivos no passado, com palavras de ordem e líderes à frente das passeatas, o que se viu foram indivíduos exultantes pela descoberta da própria liberdade. Empunhando cartazes feitos à mão, improvisados, distantes das outrora onipresentes bandeiras vermelhas, e exigindo respeito pelos mais variados motivos. Dizem que é o clamor que vem das ruas. Mas como o personagem Mathieu, os manifestantes vão descobrir que a liberdade impõe responsabilidades e tem limites. Mas o que importa refletir agora? Deixem-nos saborear a descoberta de nossa própria existência.
(26 de junho de 2013)
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