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Quando leio as notícias sobre os infortúnios e as loucuras dos americanos, lembro-me sempre deste livro de Edward Gibbon, cujo primeiro volume foi publicado em 1776, por sinal o mesmo ano da declaração de independência americana. É, como dizem, uma obra monumental. São seis volumes que descem a minúcias impressionantes. Consegui, graças à Amazon, comprar todos os volumes de segunda mão. Para mim, a história dos impérios, como a História em geral, repete-se com até uma certa monotonia. Os Estados Unidos são a Roma do nosso tempo, se me permitem. Os americanos olham para o mundo como os cidadãos de Roma olhavam os bárbaros, que acabaram destruindo o grande e admirável Império. Até o Apóstolo Paulo, quando ameaçado de morte em Cesaréia, na Palestina, invocou o seu direito - como cidadão romano por ter nascido em Tarso - de ser julgado em Roma. Os americanos não são hoje exatamente assim? A nossa ativista brasileira do Greenpeace corre o risco de ficar presa por longos anos na Rússia, e o governo brasileiro se limita a gestões diplomáticas para relaxar a prisão. Jamais os americanos aceitariam ser presos na Rússia ou onde quer que fosse. Iniciariam uma missão de resgate. Roma era assim. Foi assim com Cartago (Delenda est Carthago).
Edward Gibbon nasceu de uma família relativamente rica e teve uma passagem por Oxford. Seu pai, com medo que ele se convertesse ao catolicismo, mandou que ele fosse estudar na Suiça. Ali ele adquiriu uma grande cultura e começou seu projeto de escrever uma história da queda do Império Romano, sua obra primordial. Para quem quiser ler uma versão simplificada, existe esta edição em português, selo da Companhia das Letras.

(2 de outubro de 2013)

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