Em 1803 foram encontrados em um mosteiro da Alta Baviera alguns manuscritos datados do século XIII que continham diversos poemas satíricos, em sua maioria, mas também eróticos e naturalistas, compondo um cancioneiro de diversas origens, mas com músicas muito difíceis de serem interpretadas. O mosteiro chama-se Kloster Benediktbeuern, hoje uma abadia salesiana, perto de Munique. Em 1937 o maestro alemão Carl Orff escolheu um certo número destas canções e compôs a linha melódica, baseando-se nas tradições medievais e algo inspirado no Canto Gregoriano. Os poemas ou canções estavam escritos em latim na sua maioria, mas havia também alguns em francês antigo (língua frâncica) e alemão medieval. Esta obra recebeu o título de Carmina Burana (nome latino significando Canções de Bura), uma referência às canções do mosteiro de Beuern (Bura em latim). Virou uma das peças de música clássica mais executadas no mundo todo. Retiramos o seguinte trecho de uma das canções, exatamente a que fala da Fortuna (Destino).
"Ó fortuna
És como a Lua
Mutável,
Sempre aumentas
Ou diminuis;
A detestável vida
Ora oprime
E ora cura
Para brincar com a mente;
Miséria,
Poder,
Ela os funde como gelo."
(29 de março de 2014)
"Ó fortuna
És como a Lua
Mutável,
Sempre aumentas
Ou diminuis;
A detestável vida
Ora oprime
E ora cura
Para brincar com a mente;
Miséria,
Poder,
Ela os funde como gelo."
(29 de março de 2014)
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