Agora passemos a falar do médico, escritor e poeta Agripa Vasconcelos, também um descendente de dona Joaquina Bernarda, e que conheci quando morava na esquina da minha rua Santa Rita Durão com Contorno, em Belo Horizonte, como descrito no livro Armazém Colombo. Agripa Vasconcelos escreveu muitos livros importantes para os mineiros, imortalizados no cinema e na TV. Escreveu, só para falar de alguns, romances sobre o Gongo Sôco, Chica da Silva, Chico Rei, Dona Beja e dona Joaquina do Pompéu. Agripa estudou medicina no Rio de Janeiro e foi orador de sua turma, tendo na ocasião recebido um destaque especial no discurso do paraninfo, Miguel Couto. Segundo fiquei sabendo agora, no blog criado por sua neta Mara, ele era também um leitor voraz, fazendo infindáveis pesquisas e mil anotações para futuros trabalhos, dispostas em volumosas pastas em uma mesa caótica. Escreveu seu primeiro livro muito jovem ainda, o que lhe rendeu entrar para a Academia Mineira de Letras aos 22 anos. Apesar de ser um dos mais importantes nomes da literatura em Minas Gerais, quando lhe perguntaram uma vez o que havia trazido mais satisfação em sua vida, se escritor ou médico, não teve dúvidas em escolher a medicina. Faleceu em Belo Horizonte em 1969.
Dona Joaquina do Pompéu foi uma figura marcante e controvertida. Criaram-se muitas lendas sobre ela, sobretudo porque mesmo muito antes da morte do marido ela já havia assumido pessoalmente a condução dos negócios da família, e dizem que tudo conduzia, inclusive os filhos, com rigor militar. Quando morreu deixou de herança, entre outras coisas, 11 fazendas. Talvez seja por isso que tenho um neto que se chama Joaquim Campos.
Para saber mais sobre a obra de Agripa Vasconcelos recomendo o excelente blog www.agripavasconcelos.blogspot.com
(9 de fevereiro de 2015)
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