Agora, em 2015, vejo, na última edição da revista The New Yorker, um longo artigo do escritor e jornalista inglês Anthony Lane, morador em Cambridge, sobre o livro e o autor.
Ele começa se perguntando quem costumava ler Alice no País das Maravilhas antigamente? E ele mesmo responde que era todo mundo que lia, ou mesmo onde houvesse uma pessoa disposta a contar uma história, e outra a escutar. Atualmente, Alice caiu naquela categoria de livros que todos conhecem, sem necessariamente terem lido. Existem adaptações, filmes, peças de teatro e possivelmente até livros para pintar. É o que Lane chama de conhecer um livro, ou a história, por osmose cultural.
Talvez muita gente não saiba que Lewis Carroll era o pseudônimo do reverendo da Igreja Anglicana Charles Lutwidge Dodgson, um professor de matemática no Christ College, em Oxford. Que além de escritor, poeta e religioso, foi também um fotógrafo profícuo, numa época onde as fotos não eram tão simples de serem tiradas como hoje. E daí veio uma controvérsia sobre a sua vida íntima. São conhecidas cartas suas às mães de algumas meninas solicitando permissão para fotografá-las, até mesmo nuas. Como diz Anthony Lane, se fosse hoje, isto seria motivo suficiente para uma ordem de prisão. Mas parece que o reverendo, naquela época vitoriana, inspirava mais admiração do que desconfiança. Algo assim como um Michael Jackson e as crianças. Depois, veio a psicanálise e mil outras releituras.
Ele começa se perguntando quem costumava ler Alice no País das Maravilhas antigamente? E ele mesmo responde que era todo mundo que lia, ou mesmo onde houvesse uma pessoa disposta a contar uma história, e outra a escutar. Atualmente, Alice caiu naquela categoria de livros que todos conhecem, sem necessariamente terem lido. Existem adaptações, filmes, peças de teatro e possivelmente até livros para pintar. É o que Lane chama de conhecer um livro, ou a história, por osmose cultural.
Talvez muita gente não saiba que Lewis Carroll era o pseudônimo do reverendo da Igreja Anglicana Charles Lutwidge Dodgson, um professor de matemática no Christ College, em Oxford. Que além de escritor, poeta e religioso, foi também um fotógrafo profícuo, numa época onde as fotos não eram tão simples de serem tiradas como hoje. E daí veio uma controvérsia sobre a sua vida íntima. São conhecidas cartas suas às mães de algumas meninas solicitando permissão para fotografá-las, até mesmo nuas. Como diz Anthony Lane, se fosse hoje, isto seria motivo suficiente para uma ordem de prisão. Mas parece que o reverendo, naquela época vitoriana, inspirava mais admiração do que desconfiança. Algo assim como um Michael Jackson e as crianças. Depois, veio a psicanálise e mil outras releituras.
Mas Alice, escrito para uma certa Alice Liddell, filha do deão do Christ College, sem maiores pretensões, tornou-se um daqueles clássicos da literatura universal que ninguém pode ignorar.
(2 de junho de 2015)
(2 de junho de 2015)
Marcadores: Livros Antigos, Livros Infantis, Personalidades do livro
3 Comments:
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- Alvaro Esteves said...
3 de junho de 2015 às 09:30Criança, conheci Alice através de disquinhos com historinhas contadas e , depois, vi o filme da Disney. Só vim a ler o livro por volta dos meus 30 anos, nos preparativos para uma festa temática de aniversário de minha filha Renata. Até hoje, quarenta anos deppois, sonho de vez em quando com a história, sempre uma curtição.- vececo said...
3 de junho de 2015 às 12:33Espero que o mesmo aconteça com o livro de Daniel Esteves "D8 Robot and the Red Balloon", eBook publicado em inglês. As novas invasões bárbaras.- vececo said...
3 de junho de 2015 às 12:38Melhor dizendo Daniel & Esteves.
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