Foi paradoxalmente
lendo um dos muitos livros do escritor americano com o improvável
nome de Daniel Silva, que me interessei por ler as cartas que Vincent
van Gogh escreveu a seu irmão Theo, e guardadas pela viúva deste,
publicadas pela primeira vez em 1914. Eram mais de 1.000 páginas.
Depois disso as cartas mais relevantes foram selecionadas e novamente
publicadas cerca de 200 delas. Vincent escrevia ao irmão, mais novo
que ele quatro anos, quase todos os dias. As cartas revelam um Vincent
angustiado, reflexivo, eternamente em busca de um caminho. Primeiro,
tentou seguir os passos do pai, um pastor protestante. Mas não tinha
o dom da oratória, não impressionava a congregação, e foi
dispensado. Tentou ser missionário, servir aos mais carentes, e
também não se deu bem. Propôs casamento, e foi rejeitado. Então,
resolveu dedicar-se à pintura, estudou todos os pintores que
conhecia, conviveu com muitos em Paris, e vendeu apenas um quadro
durante a sua vida. Ele foi o retrato pronto e acabado do fracasso. Sempre apoiado e
ajudado incondicionalmente por seu irmão, Theo. Viveu em muitos
lugares, mas era na casa paterna, a que retornava de tempos em tempos, onde parece que encontrava a paz interior. Finalmente, tomado por um
estado depressivo profundo, pôs fim à própria vida. Seu irmão,
que o acompanhou de longe desde os quinze anos, morreu seis meses
depois. Vincent tinha, então, 37 anos. Isso foi há 125 anos, em julho
de 1890. Os dois irmãos estão sepultados, lado a lado, no cemitério
de Auvers-sur-Oise, França. Depois de morto, um de seus quadros (Retrato do Dr. Gachet) alcançou o valor de 82 milhões de dólares em 1990.
“Se continuarmos a
amar sinceramente o que na verdade é digno de amor, e não
desperdiçarmos nosso amor em coisas insignificantes, nulas e
insípidas, obteremos pouco a pouco mais luz e nos tornaremos mais
fortes.”
(Carta datada de
Amsterdam, 3 de abril de 1878)
Veja a história com fotos de Vincent e Theo no Van Gogh Museum, Amsterdam
Veja a história com fotos de Vincent e Theo no Van Gogh Museum, Amsterdam
Recomendo ler
Cartas a Théo, Vincent van Gogh, L&PM Pocket
(25 de junho, 2015)
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Marcadores: Personalidades do livro
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