Seneca Lucilio suo salutem
Quando já tinha bastante idade para sua época (ali pelos sessenta anos), Lucius Annaeus Seneca, escritor, filósofo e pensador romano que viveu no início do primeiro século de nossa era, escreveu uma série de cartas onde expôs suas convicções estoicas. Nestas cartas, dirigidas a um certo Lucílio, ele faz considerações valiosas sobre a vida, a moral e a ética. Destaco a seguir alguns trechos.
"Nada nos pertence, Lucílio, só o tempo é mesmo nosso. A natureza concedeu-nos a posse desta coisa transitória e evanescente da qual quem quer que seja pode nos expulsar. É tão grande a insensatez dos homens que aceitam prestar contas de tudo quanto – mau grado o seu valor mínimo ou nulo, e pelo menos certamente recuperável – lhes é emprestado, mas ninguém se julga na obrigação de justificar o tempo que recebeu, apesar de este ser o único bem que, por maior que seja a nossa gratidão, nunca podemos restituir."
"Não temos de nos preocupar em viver longos anos, mas em vivê-los satisfatoriamente. Porque viver longo tempo depende de tua alma. A vida é longa quando é plena. E se faz plena quando a alma recuperou a posse de seu próprio bem e transferiu para si o domínio de si mesmo."
"Nesta morada é necessário gastar a vida. Escapar dela não podes, desprezá-la podes. Desprezarás, porém, se muitas vezes pensares e conjecturares as coisas futuras. Todos mais corajosamente atravessam aquilo para o que durante muito tempo se preparam, e, do mesmo modo, resistem se previamente refletem sobre os obstáculos. Por outro lado, teme-se muito aquilo contra o que não se preparou, mesmo as coisas fúteis. Isto é necessário fazer: que nada seja para nós inesperado."
Vale.
"Não temos de nos preocupar em viver longos anos, mas em vivê-los satisfatoriamente. Porque viver longo tempo depende de tua alma. A vida é longa quando é plena. E se faz plena quando a alma recuperou a posse de seu próprio bem e transferiu para si o domínio de si mesmo."
"Nesta morada é necessário gastar a vida. Escapar dela não podes, desprezá-la podes. Desprezarás, porém, se muitas vezes pensares e conjecturares as coisas futuras. Todos mais corajosamente atravessam aquilo para o que durante muito tempo se preparam, e, do mesmo modo, resistem se previamente refletem sobre os obstáculos. Por outro lado, teme-se muito aquilo contra o que não se preparou, mesmo as coisas fúteis. Isto é necessário fazer: que nada seja para nós inesperado."
Vale.
(25 de fevereiro de 2016)
Marcadores: Livros Antigos
0 Comments:
Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial
Assinar:
Postar comentários (Atom)