No México, sob o reinado de Maximiliano e Carlota, a música se tornou parte da cultura mexicana. O imperador e sua mulher adoravam ouvi-la, na voz de Concha Méndez. Antes da queda do breve regime imperial, os republicanos haviam escrito uma outra letra para zombar da imperatriz Carlota. No lugar de "se à sua janela chegar uma pombinha...", diziam "se à sua janela chegar um burro fraco, trata-o com desprezo porque é um austríaco". Como se sabe, Maximiliano era austríaco, e colocado no trono do México por imposição de Napoleão III.
Há também, com forte ênfase nacionalista, a canção Paloma Juarista (com a mesma música), que começa lembrando a Guerra de Intervenção, a segunda invasão francesa do México, em meados do século XIX.
Por incrível que pareça, existem hoje mais de mil versões da canção original de Yradier, inclusive uma em português do Brasil, gravada por Tonico e Tinoco. E também interpretações de cantores famosos, como Julio Iglesias, Elvis Presley, Sarita Montiel, Billy Vaughn, Freddy Quinn, Nana Mouskouri, Mireille Mathieu, Plácido Domingo e muitos outros.
Uma possível leitura para o tema de La Paloma vem da época da antiga Grécia. Costumava-se usar pombas para enviar mensagens de amor e de carinho aos familiares, quando os marinheiros estavam no mar. Transcrevo aqui o refrão, que me parece ser a parte mais sentimental da letra.
"Si a tu ventana llega una paloma
Trátala con cariño que es mi persona
Cuéntale tus amores bien de mi vida
Corónala de flores que es cosa mía
Ay chinita que si, ay que dame tu amor
Ay que vente conmigo chinita
A donde vivo yo"
Cuéntale tus amores bien de mi vida
Corónala de flores que es cosa mía
Ay chinita que si, ay que dame tu amor
Ay que vente conmigo chinita
A donde vivo yo"
Canção La Paloma , Sebastián Yradier, 1860
(13 de março de 2018)
Carlos G. Vieira
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Marcadores: Poesia
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