Esse era o nome de um bar temático na Belo Horizonte do início dos anos 70. Ficava na Avenida do Contorno, em frente mais ou menos onde hoje fica o
Life Center. Em terreno vazio, colocaram, não sei como, um vagão de trem destes tipo maria fumaça, espalharam mesas e cadeiras, e tome de cerveja. Essa era a época do início dos
barzinhos, se não me engano. Na mesma Avenida do Contorno, só que agora no bairro de Santo Antônio, perto da Igreja, ficava o
Maria Joana. Mais abaixo, ficava o
Veia Poética, com livros que os frequentadores podiam ler deitados no chão e a caipirinha era servida numa arena de teatro. Lá perto da Praça da Liberdade, onde morou Afonso Arinos, ficava o
Tom Chopim. A gente entrava por um violão pintado no muro
. Na Savassi havia o
Garden, onde, nos fins de semana, uma turma de adolescentes enchia uma mesa, movidos a refrigerante, e de violão em punho, cantavam velhas músicas de seresta. E não posso me esquecer de citar o
Largo do Baeta, onde meus convidados cariocas se espantaram ao ver um comensal levantar-se de sua mesa e dar um recital ao vivo. Eu fingi que aquilo era o normal em BH. Nessa mesma época havia em Porto Alegre o
João Sebastião Bar, outro nome muito bem bolado. Eu, morador de Ipanema, acostumado, naquela época, com o
Jangadeiro e tais, ficava encantado com essa criatividade. E ainda em Belo Horizonte, foi no
Cá Luigi, na Avenida Cristóvão Colombo, que o Lu me levou um dia para tomar umas batidas na varanda do casarão antigo, oferta da casa, disse ele. E foi lá também que JM, no auge de seus vinte anos, espantou-se ao me ver pedir um vinho
francês para acompanhar a massa do dia:
Chateau Duvalier. Bons tempos.
(9 de agosto de 2020, em homenagem ao Professor Vieira, meu pai.)
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Parabéns pelo dia dos pais!
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