O que será que diz o menino falador para a menina, contemplando o mar infinito? Possivelmente fala das mudanças climáticas, que fazem subir o nível dos oceanos, e que colocam em risco as construções à beira-mar, como aquele prédio que desabou, outro dia, em Miami Beach. Ou conta para a menina sobre os monstros marinhos, que o assustam nas noites barulhentas da Timóteo. Ou repassa todos aqueles habitantes das profundezas do mar, ou discorre sobre os tubarões brancos, ou as baleias que se perdem e acabam encalhando nas praias. E a menina, o que falará? Ela fala das aves marinhas, que fazem ninho naquela ilha próxima e voos circulares por sobre as cabeças dos pescadores em seus barcos, na expectativa permanente de que reste alguma coisa para elas, ao final do recolhimento das redes. Ela fala também de seus sonhos de criança, daquela casa de bonecas que espera ganhar no aniversário do ano que vem e do sorvete na casa da avó. Eles mal sabem que sinto vontade de acrescentar um "da" a este título, ao refletir sobre o que estamos passando em terra firme.
(29 de junho de 2021, dia de São Pedro)
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Marcadores: Crônica
6 Comments:
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Aqui vão os meus pensmentos:
acho que os dois diriam coisas simples, mais infantis, tipo :
Será que a água está muito fria?
Ela poderia responder: se você quiser experimentar,entro com você!
Será?