E cada conto (são apenas sete) é precedido de uma seleção de letras de músicas, a começar por Quem vem pra beira do mar, de Dorival Caymmi. E a encerrar com Lança Perfume, de Rita Lee. O autor se revela, também, um amante da música popular brasileira.
Eu fico com o último conto, onde o personagem volta a encontrar uma antiga conhecida. "Mas tinha uma coisa que sempre me acompanhou, aqueles anos todos: o seu olhar." E continua, mais adiante: "E eu insistindo em desvendar que ser humano delicado, vivo, era aquele, escondido, que me passava às vezes a sensação de ser alguém de outro tempo." Eu, leitor, acho que deveria ser alguém de outro tempo mesmo, sei não.
(Mutantes incidentais e outros seres inesperados, Álvaro Esteves, 2021, capa de Flávio Brick)
(7 de fevereiro de 2022)
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ResponderExcluirJorge, Júlio, Gabriel .... move over! Álvaro está nas paradas!
Leitor de outras obras suas, o Álvaro me surpreendeu pela segunda vez com os "mutantes incidentais" (a primeira, quando escreveu um livro com o neto) pela diversificação de assuntos e por entrar firme na ficção fantástica. Gostei dos contos e meu preferido foi o último, ao qual o Gentil se refere. O amigo escritor está, novamente, de parabéns.
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