O personagem central, Yawara, é um jovem que surge à frente do outro personagem central, João dos Piratiningas, de forma, digamos, inusitada. Este João, que me lembrou um outro, do qual a genealogia me diz que tenho alguma coisa a ver, João de Toledo Castelhanos, é casado com uma filha do famoso Tibiriçá. E, no livro, aparecem nomes vagamente conhecidos: Anhagabaú, Tamanduateí, São Vicente, Martim Afonso de Souza.
Toda a história é contada pelo filho, gerado de forma estranhíssima, de uma certa Vanozza, a Vermelha e Giovanni Pico della Mirandola, morto em 1494, aos 31 anos, em Florença. Este, por sua vez, autor de um livro intitulado Discurso sobre a dignidade do homem. E tal como no famoso romance (que pouca gente leu) de James Joyce, Ulysses, tudo se passa em menos de 24 horas. Eu elegi minha personagem favorita: a índia Raíra. E descarreguei todo o meu repertório de palavrões, que não são poucos, em cima do "frei" Simião. Leiam, e depois me digam.
(livro Yawara, Rodrigo Leão, editora Quelônio, 2021)
Carlos G. Vieira
(22/02/2022, uma data mágica)
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