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 A escritora portuguesa Gisela Silva tem escrito excelentes livros sobre Eça de Queiroz. Eu não sou propriamente um queiroziano, longe de mim ter esta pretensão, mas considero Eça um dos meus escritores, digamos, de cabeceira. O livro Ora Eça, senhor Queiroz! começa contando o nascimento conturbado de Eça, que acabou sendo criado pelos avós. Quando foi se casar com Emilia de Castro, a mãe da noiva exigiu que ele tivesse o sobrenome da mãe dele, afinal a família da noiva não poderia aceitar alguém cuja mãe fosse ignorada. Coisas de Portugal daquela época. Gisela Silva tem se dedicado a um público mais jovem, mas nem por isso os mais velhos, como é meu caso, devam se sentir rejeitados. Ela tem razão. O público jovem tem que ser conquistado para as obras primas da literatura. Não podem ficar só à mercê de jogos eletrônicos e redes sociais.

Eça certa vez, em correspondência, disse que ele era apenas um pobre homem da Póvoa de Varzim. Eu também costumo dizer o mesmo, aqui no Rio de Janeiro, em mensagens para amigos. É uma forma de me desculpar por avaliações apressadas, ou preconceitos que afloram sem querer. Aqui neste blog já postamos sobre Emília de Castro,  A Tragédia da Rua das Flores, Queijadas de Sintra, Era Lisboa e chovia, Rua das Janelas Verdes, Histórias da Vila do Seixo e Alves & Cia.

Infelizmente para nós, os livros de Gisela Silva ainda não tiveram uma edição brasileira ou versões em eBook, o que facilitaria e simplificaria a nossa leitura. Mas, quem sabe, ainda podem ter.

Carlos G. Vieira

(14 de julho de 2024)

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